terça-feira, 10 de julho de 2018

O dia que o IPOD parou


O celular não facilita muito a nossa vida diária. Ele assumiu parte de nossa memória com suas funções básicas, ou seja, ferramentas fantásticas: ligações rápidas, mensagens curtas, longa agenda de contatos, lista de tarefas, galeria de imagens, coletânea de músicas, rádio, email, pagamentos online, pesquisas comerciais, entretenimento e diversas possibilidades. Mas como tudo na vida apresenta muita alegria com toques de futilidade, dependendo do uso que fazemos de tudo, desafios e consequências que a revolução tecnológica da informação implementou, inclusive enfermidades para as pessoas que não a usam com bom senso...
Isto acontece quando as pessoas acordam e dormem com o celular, dormem e acordam, não dormem, não sonham, não acordam, não comem, não bebem sem administrar um dispositivo eletrônico móvel, se deixam envolver além da conta, sem estabelecer limites, bem como deixam de viver as possibilidades de uma vida humana para mergulhar em uma fantasia ou inverdade. Sendo assim, sentem-se mais motivados com seus aparelhos inorgânicos do que com as pessoas. Temos que escolher em utilizar a tecnologia a nosso favor, sem nos tornarmos escravos dela, vivendo em família, entre amigos, com colegas de trabalho, em uma comunidade cheia de pessoas, em um comercio cheio de funcionários, em uma empresa com muitos profissionais, em uma escola com alunos e professores no processo de ensino-aprendizagem, um dia de cada vez...
Gostaria de ressaltar acerca dos smartphones que, recentemente, fiquei 15 dias parcialmente sem o meu. Passei muitos apuros, desde não atender ligações pessoais, como também profissionais, pois não conseguia identifica-las no horário comercial, ou seja, não sabia quem estava ligando e, portanto, não dei a devida validade a seus respectivos atendimentos... Outro problema, foram os alarmes que tocavam completamente atrasados, pois a data e a hora resolveram se adiantar espontaneamente, e “relógio que adianta não atrasa”, e vice-versa. Por fim não foi vírus, mas tive que fazer um upgrade, ou seja, trocar o mesmo por um aparelho móvel mais atual.
Venci o tédio e nomofobia, sem prejuízo financeiro, comercial, e acadêmico com atividades cotidianas e laborais, mas não desejo isso nem pra meu pior inimigo, brincadeirinha, as relações sociais e familiares estão voltando a fluxo, e não estou usando de terapia para isso.
Jorge Barboza

Escritor e Colunista Social