segunda-feira, 20 de maio de 2019

A Princesa do Sol


Era uma vez, em terras distantes, há muito tempo atrás, dois reinos que viviam em constante guerra: o reino da lua e o reino do sol.
Todos os dias, o reino do sol realiza o ritual solar que trazia o dia, da mesma forma que o reino da lua realiza o ritual lunar que trazia a noite. Entretanto, quando era noite o reino do sol ficava vulnerável e quando era dia o reino da lua também se enfraquecia, por isso estes reinos viviam em guerra por séculos, mas algo havia mudado, pois surgia uma promessa de salvação: nascia a herdeira ao torno do reino do sol.
A pequenina princesa foi destinada o poderosíssimo amuleto real adjunto de sua coroa capaz de invocar o sol aos céus.
A princesa cresceu dentro dos muros do palácio, onde fora ensinada a ser cruel e severa dentro da tradição de seu povo, mas ela era doce, terna e bondosa com todas as criaturas, ao contrario de seu pai, a princesa não entendia como a tão bela luz da lua poderia ser tão odiável, e se perguntava como seria o mundo além dos muros do palácio...
Um dia, os reis fizeram um acordo que se filhos casariam como contrato de paz, mas ao saber da noticia, a princesa do sol se indigno com a ideia, de um matrimonio forçado sem amor...
A princesa esperou uns dias, a primeira noite de lua cheia para fugir sem interrupções e com serenidade...
Na noite que escolheu para aproveitar a vulnerabilidade de seu reino com o objetivo de encontrar seu amor verdadeiro, sentir pela primeira vez a liberdade, sem os comandos do pai e conhecer um pouco do mundo fortemente protegido pelos muros do palácio, foi surpreendida por uma terrível ameaça no horizonte...
... Uma terrível ameaça no horizonte que não era uma nova guerra que includia dos reinos, era um Fauno que tomou o poder do amuleto da lua e assim fortaleceu sua natureza e transformou-se em uma criatura imensa capaz de destruir os dois reinos que cercavam seu bosque e sua floresta.
O Fauno exigente gritava, berrava sua raiva e ira, disseminando assim o pânico, através do fogo que cuspia, através dos pisões enormes que dava, sem controle ia destruindo tudo que os homens criaram...
Era um bom momento para Princesa do Sol, mas sua natureza doce, terna e bondosa pedia para rezar, pela perfeita harmonia, para o bem de todos e salvação dos dois reinos. E assim ela correu o palácio juntando mulheres, crianças, servos para espantar a tristeza e formar um só coro a providencia divina.
Logo depois, de sua oração, com muitos corações aflitos foi atendida.
O Fauno foi barrado pelos dois reis juntos invocado a força do cosmo, em perfeita harmonia, para o bem de todos e salvando os dois reinos.
Assim como os reis, a princesa aprendeu que mesmo havendo diferença entre eles, essas diferenças faziam-nos ainda mais fortes, por isso poderiam viver juntos em harmonia com tolerância e respeito, e com calma e com autorização de seus pais, ela pode ganhar o mundo e um dia escolher seu verdadeiro amor...

Jorge Barboza
Colunista. Revisor.

sexta-feira, 10 de maio de 2019

Uma história de Sara

Era uma vez uma pequena princesa indiana chamada Sara.
Assim como sua mãe havia lhe ensinado todos os dias, ela orava a Deus olhando o sol, as plantas, os animais e, principalmente, as pessoas de seu vilarejo. Todos os dias ela vestia seu melhor sare acompanhado por muitas joias e flores no cabelo longo. Todos os dias ela preparava os mais deliciosos quitutes, doces e chás para sempre ouvir o pai dizer: “Como eu te amo minha filha, você foi o melhor presente que sua mãe me deixou e se um dia eu morrer como ela, eu tenho a certeza que você já sabe se cuidar. Pois nascemos e morremos sós”.
No começo Sara ficava emburrada, mas depois ia abrindo um sorriso franco para as palavras do pai, afinal ninguém pode transpor os ciclos das reencarnações sem passar pela morte.
Um dia, a guerra chegou avassaladora e levou todos os homens. As mulheres choravam muito e as crianças também pelas duvidas de um novo alvorecer.
Ao entardecer dos dias que se seguiram, mentes e corações sempre se uniam com as preces para um mundo em paz.
Demorou um pouco, a paz retornou, mas trouxe consigo  com a escravidão, poucos homens sobraram, as mulheres e as crianças foram levadas sem grilhões e amarras, todos guiados por caravanas e depois uns poucos barcos.   
Alguns dias de viagem, um novo horizonte, outra margem, um velho vento e os mesmos murmurinhos.
Uma menina da mesma idade de Sara invadiu o escale, deu lhe uma rosa branca e partiu. Era um sinal de muita sorte e Sara agradeceu a Deus, se ajoelhando e orando forte e silenciosamente não só por si, mas por todos ali.
Uns poucos instantes depois, a menina que trouxe esperança a Sara, trouxe consigo seu pai, Sara lhe deu uma pulseira linda tirada do pulso esquerdo e os três foram para Magdala.
De longe Sara foi se despedindo observando bem as águas do rio Nilo, os verdes papiros, os barcos e seus vizinhos de infância. Sara caminhava vitoriosamente sorrindo, pois Deus voltava a sorrir sorte para seu povo e principalmente para o seu futuro. A outra menina também sentia o mesmo, seu nome é Maria Madalena.
Em Magdala, não havia uma só pessoa que não falasse que Sara e Maria Madalena não eram irmãs. O pai de Maria não deixava que fosse feito de outra forma. Elas recebiam os mesmos cuidados, carinhos, tarefas, disciplinas e respeito.
Na casa de Maria Madalena não havia escravos, mas sim funcionários que trabalhavam e por isso tinham um salário no fim de cada mês. E eles independente de qualquer coisa sempre ajudavam os próximos.
Infelizmente, tudo muda e o dinheiro também. O querido pai morreu deixando algumas dívidas.
Sara e Maria Madalena vendem as joias e as propriedades na esperança de dias melhores. Ambas estão pobres e determinadas. Ambas lutam. Ambas vencem. Ambas continuam ajudando os menos afortunados.
Desabrocham rapidamente. Madalena se prostitui e Sara sai fazendo trocas e barganhas. E o que haviam perdido ganham em dobro.
Uma noite, surgi à luxuosa porta uma leprosa curada, agradecendo uma moeda dada com amor no meio do caminho por Madalena, ela conta que o Nazareno está a poucos metros dali. Ambas se olham, Sara cobre Maria Madalena e elas vão encontrar o Rabino.
Chegando lá, Ele as recebe de braços abertos. Madalena chora muito pedindo perdão pelo rumo que deu á sua vida. Sara traz uma jarra de azeite. Madalena lava os pés de Jesus com as lagrimas e seca com os longos cabelos. Sara abençoa Jesus urgindo-o com azeite na testa.
 Maria Madalena torna-se um dos três discípulos a receber ensinamentos especiais, elogiada acima de Mateus e Tomé. Dizia-se que "ela falava como mulher que conhecia o Todo". E Sara continua sempre ao seu lado dando apoio, ouvindo conselhos e conciliando.
Mais tarde, Sara admite a Jesus que não ousa falar a ele livremente porque, segundo suas palavras: "Pedro faz-me vacilar, tenho medo dele porque ele repudia as criaturas femininas". Jesus responde que quem quer que o espírito tenha inspirado é divinamente ordenado a falar, seja homem ou mulher. Sara e Maria Madalena começam operar milagres.
Ambas seguem Jesus até o fim. Mesmo quando são jogadas ao mar numa barca sem remos, sem velas e sem provisões com Maria Jacobé, Maria Salomé, José de Arimatéia e Trofino. Mesmo quando caem as primeiras gotas espessas de chuva. Mesmo quando a tempestade confundi o alto mar e as nuvens negras. Mesmo quando as ondas jogam a nau mais longe e mais perto de virar. Todos se desesperam e choram muito.
Sara retira o lenço (diklô) da cabeça, chamando por Jesus e promete que se todos se salvassem, ela jamais andara com a cabeça descoberta em sinal de respeito. Todos dão as mãos e oram fervorosamente.
Milagrosamente, a barca sem rumo aporta em Laquedor (sul da França) e Sara cumpri a promessa até o final dos seus dias, quando é encontrada morta pelos ciganos nas ondas primaveras de Saintes-Maries-de-La-Mer em 24 de maio, com sua cabeça e seus cabelos cobertos pelo lenço e sua fé.

Jorge Barboza

Escritor e Colunista Social


(Este texto foi publicado este ano no livro "Entrefotos Cultura Cigana" de minha grande amiga Fatima Bessa, que você pode adquirir em: https://clubedeautores.com.br/book/204592--Entrefotos_Cultura_Cigana)

sábado, 20 de abril de 2019

Rei morto é Rei deposto...

E finalmente, ele agarrou o cálice e deixou tombar o próprio coração, coisas de longe passavam pela sua cabeça, uma mosca insistia em fazer barulho, perigo-perigo, havia uma silenciosa ameça no ar, enquanto virava o líquido, ele tinha esperança que alguém o pára-se, as pessoas ignoravam sua atitude, o veneno ganhava poderosa velocidade, perdia a viscosidade, mudava de profundo negro para luminoso branco, translucido, transparente, incolor, corria do fundo do cálice para a próxima vítima, gota a gota, liquidamente lento...
Todos, os convidados, para cerimonia fatal do príncipe sabiam que nada devia sair do curso, uma fala, um gesto, um olhar, uma palavra, enfim, qualquer coisa que fosse entendida com alerta ao jovem da família real seria punido com a morte na hora... A guarda do festim diabólico fora escolhida e orientada pessoalmente pelo seu maior malfeitor, o atual rei, eles sabiam que o soberano sabia como ninguém condenar e armar um perigoso jogo de cartas marcadas...
Infelizmente, uma mãe, não podia deixar sua cria morrer assim, a Rainha, pegou o cálice do filho, um fino fardo, ela deixou cair sua apólice de seguro, já tinha perdido tudo, estava aflita, também tinha esperanças, um dia melhor, um governo melhor, um marido melhor, seu cunhado de forma escusa, estranha, afastou-a do bom senso, casou-se com ela pra cuidar dela e do filho, era uma promessa inacabada, ela pegou o cálice,  uma bala rompeu o silêncio e espatifou o cálice...
Todos correram, fugiram, a Rainha desmaiou e o rei caiu morto, um anonimo reprovou o rei, a guarda deixou a partir com alívio: mais um tirano morto!
Uma noite antes, a tropa escolheu um anonimo, um destes bem anonimo mesmo, vestiu com trajes finos, algo emprestado, algo rico, fino-finíssimo, nada vulgar ou comum, uma única chance, uma oportunidade perfeita: Rei morto é Rei deposto...
E o resto, você já leu e dever imaginar... Mais um tirano morto!


Jorge Barboza
Colunista. Escritor. Revisor.

quarta-feira, 10 de abril de 2019

São Jorge


Na antiga Capadócia, antes da Turquia agregar esta região na Era Moderna, por volta 275, nasceu nosso herói chamado Jorge, Mártir e Guerreiro...
Ainda criança, ele mudou-se com a mãe recém viúva para a Terra Santa, onde teve esmerada educação apesar do seu temperamento naturalmente combativo, aprendeu os valores cristãos que logo o levariam a ascensão e depois a morte. Ele tinha perdido o pai em batalha, e por isso, tinha todos os motivos para não seguir a carreira militar, mas não foi o que aconteceu...
Sua mãe, Lida, com sua boa instrução e muitos bens, viu seu único filho muito jovem tornar-se capitão do exército romano. Ela não temia o que viria depois de sua morte, seu fruto era bom e forte, ela sabia da índole do filho e confiava na Proteção Divina...
E pouco tempo depois da morte de sua mãe, Jorge com grandes habilidades e muita dedicação as armas, chamou a atenção do imperador Diocleciano que logo lhe deu o título nobre de Conde da Capadócia e incumbência de Tribuno Militar na alta corte de Nicomédia para onde viajou calmamente...
Nessa mudança da Terra Santa para Nicomédia, Jorge passou pela Líbia, chegando a Salone, onde imperava um dragão devorador de animais e, principalmente, de pessoas, tudo e qualquer ser vivente padecia em suas garras.
O reino estava ficando deserto de plantas e bichos, a população sofria sem esperanças, os deuses estavam castigando sabe pelo o que...
Quando nosso herói soube do fato, fez breve oração e montou seu ginete, correu para salvar a próxima vítima, oferecida sem pestanejar do rei de Salone, sua filha de 14 anos, Sabra. Antes, Jorge exigiu a palavra do rei: se trouxesse sua filha viva, ele e todo reino se converteria ao cristianismo... E mais uma vez o rei não pestanejou.
Antes de encontrar o dragão, Jorge fez o sinal da cruz que parou vermelha no ar e pediu para jovem se esconder, foi uma luta intensa e por pouco o dragão não escapou com uma asa quebrada...

Jorge Barboza
Colunista Social e Escritor

quarta-feira, 20 de março de 2019

Enchente

Infelizmente no último domingo, 10/03/2019, com as chuvas fortes tivemos trinta centímetros de águas claras dentro de casa, uma correria muito grande para erguer os móveis, os papeis, as roupas, as caixas, os brinquedos, os alimentos na parte baixa do armário, os sofás, os tapetes, as gavetas, o fogão, a máquina de lavar roupa, a centrifuga, enfim, tudo que não podia ser molhado...
Já havia anos que não passamos por isso na Vila Floresta, a última grande enchente que peguei em Santo André, no Jardim Bom Pastor, foi em  2006, quando eu ainda cursava o Senai A. Jacob Lafer (também em Santo André).
Ainda me lembro brigando com mamãe, dizendo: não é enchente, não é enchente, não é a enchente de água suja, pelo amor de Deus...
As ideias iam longe, o pensamento tentava não ser realista, ser otimista: não é água de enchente, água ruim que apodrece tudo, água vermelha, água barrosa, água doente, água fedida, água que traz doença, água dolorida, água que corta, água que fere, água que mata... pelo menos dentro de casa... era água de chuva, água clara, água incolor, lágrimas cobriram nos nossos olhos, uma lembrança ruim, um mau pressagio, um furto da vida.
Para nossa surpresa, enquanto esperávamos a água abaixar, pequeninos peixes surgiram na sala de estar, eram da especie Guaru, conhecidos popularmente com Barrigudinhos. Nesse momento lembrei de meus sobrinhos e comecei a recolhe-los, sem pressa, calmamente, lentamente a Mãe Natureza tinha dado suas bençãos...
Vagarosamente, reuni os peixinhos e água foi se esvaindo, minha mãe ria-ria nunca em tantos anos vimos peixes nas enchentes do Bom Pastor, muito menos em nossa sala de estar, a televisão ligada, e as luzes acessas confirmavam a visão, não ofuscavam o pensamento e as emoções.
De forma inesperada havia pequeninas vidas dentro da sala e uma esperança muito forte que logo colocaríamos o juízo no lugar junto com os móveis, todas as coisas estavam em paz e, logo, com a limpeza da casa, uma noite ainda agitada de sono, teríamos o poder de recomeçar criando peixinhos em um aquário.

Jorge Barboza

Escritor e Colunista Social




domingo, 10 de março de 2019

Amor

Quando era criança, ela aprendeu que o amor era um tempero na porta da geladeira indispensável para dar sabor as comidinhas do dia-a-dia, se colocado com exagero doía o estomago, e com sua falta deixava tudo insonso e sem graça...
Acho que foi por isso que ainda adolescente, a menina criou o habito de recortar receitas de revistas de fofocas e cola-las em um grande caderno de capa dura com esmero cuidado, índice analítico e blá blá de escritora renomada... 
Mesmo assim, ela tinha dúvida de onde comprar o amor-amor, nos supermercados entre condimentos como pimenta do reino, canela em pau, cardamomo, cúrcuma, paprica doce, sal marinho, salsinha desidratada, sementes de mostarda... ou  na farmácia entre aspirinas, antialérgicos e vitaminas de uso continuo ou alternado.
O amor podia estar em nova embalagem? Ter novas versões como spray, gel ou líquido?
Quando se viu mulher para casar, não mais namoradeira, foi neste instante, entre pensar-pensar, que encontrou um rapaz, por quem passou a cozinhar mais, viver mais, sentir calafrios, borboletas no estomago, suspirar mais, sonhar mais e tudo mais que só o amor faz pelos enamorados, por fim, entendeu que o amor estava no fazer bem, fazer gostoso tudo... Entendeu que o amor estava no ar e não na geladeira, na pratilheira do mercado ou no estoque da farmácia, ele crescia com proximidade dos dois e ninguém, além deles podia fazer o amor adocicar de mais ou amargar por menos...

Jorge Barboza

Escritor e Colunista Social



quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Livre de seus fardos

Em 1988, nasceu uma criança especial que mudou a vida de seus pais e sua comunidade... Os médicos achavam que esta criança viveria algumas horas, contrariando os especialistas, ele viveu por onze anos cheio de amor, o menino chamava-se Matthew e falava poucas palavras...
No seu funeral, seu pai, teve uma ideia fantástica para a lapide da criança, algo que retrataria a libertação desta criança cega e paralítica do pescoço pra baixo...
Em memória de seu filho, Ernest afastou os pensamentos sombrios de saudade, com um símbolo de luz e esperança que construiu no Cemitério de Salt Lake City: um menino que se ergue da cadeira de rodas com os braços abertos para o ceú, com a frase "livre de seus fardos".
Não tenho como descrever a emoção ao ver esta obra de arte biográfica, as lágrimas correndo, um coração batendo forte, o misto de sentimentos: coragem, esperança e inspiração...
fico feliz em contar que Ernest e sua esposa, os pais de Matthew, trabalham até hoje para recuperação e tratamento de casos como de seu filho e por um mundo melhor dia após dia...



Jorge Barboza

Escritor e Colunista Social






sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

Você pode ter um Marciano de Estimação?

Claro, mas as regras são tão complicadas que você vai preferir um panda...
As normas da Nasa abrangem apenas laboratórios científicos secretos, mas não impedem pessoas físicas - por isso, se você quiser um,  prepare-se para cumprir regras complexas. Se você conseguir fazer tudo, o extraterrestre é seu, como nos institutos secretos...
Não pense em usar um "jeitinho" brasileiro, a pena para os contraventores varia de dois a cinco anos de prisão, fora a multa que chega a um milhão de reais. Se o espécime for com duas cabeças, a pena pode dobrar de valores... Outra coisa, em caso de maus-tratos ou morte do marciano pode haver uma guerra interplanetária, balançando a ordem de nossa galáxia...
Não quero desanimar você, mas para esta empreita você vai ter a abrir a mão e o bolso. O espaço mínimo obrigatório deve 8250 metros quadrados de área (uma campo de futebol de partida internacional) e mais seis metros de altura. A alimentação  dos extraterrestres é toda importada, compreende mais de dez espécies felinos, pequenas  doses de minerais brutos e de vibras metálicas. Os marcianos devem ser formalmente doados pelo governo de Marte, que cobram aluguel (o FBI, nos E.U.A., paga US$10 bilhão por ano por um trio). Sua renda será analisada para certificar que pode criar o extraterrestre, o governo marciano e a Nasa mandaram representantes para conferir o ambiente.

Jorge Barboza

Escritor e Colunista Social