Quando
eu era criança, a minha mãe me colocou para dormir e na noite seguinte tinha um
policial do lado de fora de meu quarto. Ele disse que ela tinha ido viajar, pra
bem longe e nunca mais ela ia voltar.
Se
mamãe nunca mais ia voltar, nunca mais ia vê-la, o que eu devia fazer?
O
que o policial não sabia e ninguém mais sabia e que só eu podia vê-la...
Quando
eu fecho os olhos me entrego aos meus sentidos, aos meus outros sentidos.
A
alma toca a alma por caminhos que só coração sabe.
Era
só eu fechar os olhos. Todas as vezes que eu fecho os olhos, eu a vejo, eu
sinto seu cheiro, seu perfume, seu calor, seu carinho, seu amor, sua dedicação,
suas palavras, suas canções... E só eu dormir e ela está do meu lado como antes
daquela noite, antes do policial, antes da viagem bem longe do qual ninguém
volta.
Jorge
Barboza
Escritor e Colunista
Social
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