Santo André, 20 de fevereiro de 2011.
Saudações
Cara minha,
antes de nossa avó partir, ela revelou pra mim perturbada, o início de nossa
história em Portugal. E ainda nos seguintes termos:
“Com
o alvorecer as velas se apagam e o sol surge forte e intenso misturando todas
as terras portuguesas e todas as lendas. Verdades e mentiras repletas de cousas
que devem ser ouvidas de Portugal inteiro.
Antes da história há sempre um início que não
é a Noiva de Negro,, mas sim a Moura da Fonte, nossa tataravó. Moura porque ela
é negra, e da Fonte porque era lá que ela realizava seus milagres, desfeitiços
e encantamentos.
Segundo a tradição antiga era
na noite de São João que geralmente ela aparecia penteando suas tranças com
pentes de oiro fino, aconselhada para diversos males.
Largou
o marido e trouxe seu pequeno filho a Açores. Casou-se de novo. Amaldiçoada
disseram, mas não era bruxa,, nem serpente, nem dama-de-pés-de-cabra. Era
gente sabida de carne e osso, uma espigueira que protege seu cereal do qual se
fará o pão.
Nunca morou em grutas, e necrópoles,
mas previu o futuro de suas netas dizendo: “A mais velha vai casar cedo, morrer
logo e deixar o marido para a mais nova pra não perder dinheiro (herança) e
casará de negro. Assim ela disse e assim aconteceu. E assim surgiu nossa
primeira Noiva de Negro”.
Um abraço... Cuide-se!
(Este texto faz parte do livro ESSAS MULHERES de Jorge Barboza pelo clubedeautores.com.br)
(Este texto faz parte do livro ESSAS MULHERES de Jorge Barboza pelo clubedeautores.com.br)
JorgeBarboza
Escritor e Colunista Social
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