sábado, 10 de setembro de 2016

Sabor Celeste

Às vezes, eu olho para o céu com os olhos pequenos, olhos miúdos, olhos de criança gulosa pensando que gosto tem o espaço.
As estrelas que brilham durante à noite seriam torrões de açúcar ou cristais de sal?
O sol do meio-dia seria um grande cuscuz nordestino ou um enorme bolo de fubá com calda de laranja?
Acredito que o céu do dia, aquele céu azul com natas de nuvens ou nuvens de nata de leite, tem sabor de especiaria antiga, pra ser mais exato anos 80: groselha azul. Sabor que hoje está sendo substituído aos poucos por baunilha.
Se o espaço tem tantos gostos doces e salgados, seus famigerados extraterrestres (ets), devem ter um sabor ora de menta ou ora de alface?
Os buracos negros devem esconder grandes multi-processadores ora na função liquidificador, ora na função espremedor de frutas...
As nebulosas são os famosos merengues de morango ou de banana...
Os meteoros e os asteroides são grandes cookies de chocolate ao leite, meio amargo, crocante de amendoim...
As supernovas são panelas de pipoca que explodem de repente sem a gente saber que o filme vai começar. Faltou falar do silêncio espacial...
O silêncio no espaço é resultado do vácuo e da gravidade zero, pois no espaço sideral tudo gira em torno do sol, que é o grande forno micro-ondas diferente que antigos filósofos pensavam: que a terra era o centro do universo.
Na verdade, o espaço é parte da natureza e a natureza é o centro de todos os sabores doces ou salgados...

Jorge Barboza

Colunista Social. Escritor. Revisor.

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