Às vezes, eu olho para o céu
com os olhos pequenos, olhos miúdos, olhos de criança gulosa pensando que gosto
tem o espaço.
As estrelas que brilham
durante à noite seriam torrões de açúcar ou cristais de sal?
O sol do meio-dia seria um grande
cuscuz nordestino ou um enorme bolo de fubá com calda de laranja?
Acredito que o céu do dia,
aquele céu azul com natas de nuvens ou nuvens de nata de leite, tem sabor de
especiaria antiga, pra ser mais exato anos 80: groselha azul. Sabor que hoje está
sendo substituído aos poucos por baunilha.
Se o espaço tem tantos
gostos doces e salgados, seus famigerados extraterrestres (ets), devem ter um
sabor ora de menta ou ora de alface?
Os buracos negros devem
esconder grandes multi-processadores ora na função liquidificador, ora na
função espremedor de frutas...
As nebulosas são os famosos
merengues de morango ou de banana...
Os meteoros e os asteroides
são grandes cookies de chocolate ao leite, meio amargo, crocante de amendoim...
As supernovas são panelas de
pipoca que explodem de repente sem a gente saber que o filme vai começar.
Faltou falar do silêncio espacial...
O silêncio no espaço é
resultado do vácuo e da gravidade zero, pois no espaço sideral tudo gira em
torno do sol, que é o grande forno micro-ondas diferente que antigos filósofos
pensavam: que a terra era o centro do universo.
Na verdade, o espaço é parte
da natureza e a natureza é o centro de todos os sabores doces ou salgados...
Jorge
Barboza
Colunista
Social. Escritor. Revisor.
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