domingo, 20 de novembro de 2016

Regiane

Hoje eu acordei com fome e lembrei de uma das minhas melhores amigas da vida:  Regiane.
Ela apareceu em minha vida como uma Pocahontas com “as cores do vento” e acabou se tornando uma Mulan: “a flor que desabrocha na adversidade é mais rara e bela de todas”.
Muitas vezes precisamos ter uma vida dupla, uma renda dupla, um trabalho duplo e, por isso, enquanto estudava na escola normal e fazia curso no SENAI, fazia uns bicos de garçom e animador em festas infantis. Era um tempo em que não existiam escolas de teatro ou de artes para desprovidos de berço de ouro ou pequenas fortunas.
Na nossa juventude, Regiane sempre pareceu obtusa e eu era muito elétrico. Ela era uma grande maquiadora na leveza de pincéis, na pintura com seu domínio preciso ninja, uma cultura japonesa adquirida em Aichi, Gifu, Gunma, Ibaraki, Mie, Nagano, Kanagawa, Saitama, Shiga ou Shizuoka.
Em 1998, dançamos “Macarena” depois do show da virada.
Ela sempre conduziu muito bem as coisas como seu carro: um chevette preto que era pra mim um mustangue bravio e selvagem...
Nunca comemos comida japonesa juntos, mas assistimos muitos desenhos japoneses, ela não come carne vermelha, mas sempre fizemos boas refeições e assistimos bons filmes independente do sol, da chuva, do vento...
Passamos por muitas mudanças de moeda e de economia entre pizzas, esfihas, churrascos, jogos, séries, filmes, arroz temperados, macarrão, comidas da Dona Alzira, sua mãe...
Um bom sinônimo pra Regiane é Hinode: o primeiro raio de sol do primeiro dia do ano. Renovação. Renascimento. Suzaku. Fênix...
Nossa amizade é um grande piquenique cheio de doces, salgados, quentinhos, frescos, saudáveis, essenciais, novos amigos, velhos conhecidos, familiares, formigas... Tudo é uma boa desculpa pra altos papos e comidas maravilhosas...
Regiane nunca deixou a arte e a arte, por sua vez, nunca deixou a Re, assim como eu...




Jorge Barboza


Colunista Social. Escritor. Revisor.

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