Hoje
eu acordei com fome e lembrei de uma das minhas melhores amigas da vida:
Regiane.
Ela
apareceu em minha vida como uma Pocahontas com “as cores do vento” e acabou se
tornando uma Mulan: “a flor que desabrocha na adversidade é mais rara e bela de
todas”.
Muitas
vezes precisamos ter uma vida dupla, uma renda dupla, um trabalho duplo e, por
isso, enquanto estudava na escola normal e fazia curso no SENAI, fazia uns
bicos de garçom e animador em festas infantis. Era um tempo em que não existiam
escolas de teatro ou de artes para desprovidos de berço de ouro ou pequenas
fortunas.
Na
nossa juventude, Regiane sempre pareceu obtusa e eu era muito elétrico. Ela era
uma grande maquiadora na leveza de pincéis, na pintura com seu domínio preciso
ninja, uma cultura japonesa adquirida em Aichi, Gifu, Gunma, Ibaraki, Mie,
Nagano, Kanagawa, Saitama, Shiga ou Shizuoka.
Em
1998, dançamos “Macarena” depois do show da virada.
Ela
sempre conduziu muito bem as coisas como seu carro: um chevette preto que era
pra mim um mustangue bravio e selvagem...
Nunca
comemos comida japonesa juntos, mas assistimos muitos desenhos japoneses, ela
não come carne vermelha, mas sempre fizemos boas refeições e assistimos bons
filmes independente do sol, da chuva, do vento...
Passamos
por muitas mudanças de moeda e de economia entre pizzas, esfihas, churrascos,
jogos, séries, filmes, arroz temperados, macarrão, comidas da Dona Alzira, sua
mãe...
Um
bom sinônimo pra Regiane é Hinode: o primeiro raio de sol do primeiro dia do
ano. Renovação. Renascimento. Suzaku. Fênix...
Nossa
amizade é um grande piquenique cheio de doces, salgados, quentinhos, frescos,
saudáveis, essenciais, novos amigos, velhos conhecidos, familiares, formigas...
Tudo é uma boa desculpa pra altos papos e comidas maravilhosas...
Regiane
nunca deixou a arte e a arte, por sua vez, nunca deixou a Re, assim como eu...
Jorge Barboza
Colunista Social. Escritor. Revisor.
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