Muitas amizades veem e vão
como as chuvas de verão... Tânia, não é um nome comum, mas é bem comum a
energia que ela me passe à força e a energia para minha humilde vida.
Com certeza sua separação
foi um grito de amor próprio. Os filhos não se assustaram, deram-lhe um par de
chifres de búfalo, um chicote e uma tempestade...
Às vezes você precisa
derramar tudo com muita chuva, muito vento, muito raio, muito relâmpago, muito
trovão, muito ódio, tirar de dentro de você com tanta força que você volta aos
bons tempos, ao equilíbrio roubado...
A guerreira levanta sua
espada, primeiro por amor e, depois, por sua ideia.
Ela sofre: se corta; se
rasga; se limpa; se lava; se purifica; se costura; se perdoa; se remenda; se
repara...
A dor passa e a paixão
acaba: Tânia guardou seus símbolos, ela guardou seus segredos...
A guerreira não se escondeu
nos bambuzais nem usou a palha como abrigo. Tânia começou de novo sem jeito,
sem queimar: as roupas, as fotos, a casa...
Ela começaria quantas vezes
fossem necessárias, pois as guerreiras são universos em criação e em recriação
constante...
Jorge
Barboza
Colunista
Social. Escritor. Revisor.
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