terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Tânia

Muitas amizades veem e vão como as chuvas de verão... Tânia, não é um nome comum, mas é bem comum a energia que ela me passe à força e a energia para minha humilde vida.
Com certeza sua separação foi um grito de amor próprio. Os filhos não se assustaram, deram-lhe um par de chifres de búfalo, um chicote e uma tempestade...
Às vezes você precisa derramar tudo com muita chuva, muito vento, muito raio, muito relâmpago, muito trovão, muito ódio, tirar de dentro de você com tanta força que você volta aos bons tempos, ao equilíbrio roubado...
A guerreira levanta sua espada, primeiro por amor e, depois, por sua ideia.
Ela sofre: se corta; se rasga; se limpa; se lava; se purifica; se costura; se perdoa; se remenda; se repara...
A dor passa e a paixão acaba: Tânia guardou seus símbolos, ela guardou seus segredos...
A guerreira não se escondeu nos bambuzais nem usou a palha como abrigo. Tânia começou de novo sem jeito, sem queimar: as roupas, as fotos, a casa...
Ela começaria quantas vezes fossem necessárias, pois as guerreiras são universos em criação e em recriação constante...

Jorge Barboza

Colunista Social. Escritor. Revisor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário